Precisamos de construir um movimento no espírito da luta contra a reforma das pensões, que combine a força considerável do movimento laboral organizado, graças à arma da greve reconduzível, com a vontade corajosa e inspiradora de lutar por mudanças fundamentais em benefício dos jovens e das pessoas oprimidas, o que pode estimular a luta de classes como um todo.
Votar à esquerda não é uma alternativa à luta. É preciso construir um movimento no espírito da luta contra a reforma das pensões, que combine a força considerável do movimento operário organizado, graças à arma da greve reconduzível, com a vontade corajosa e inspiradora de lutar por mudanças fundamentais em benefício dos jovens e dos oprimidos, que pode estimular a luta de classes como um todo.
Só será possível reverter essa ofensiva da direita apostando nas lutas e rompendo com os limites e as alianças com a direita defendidas pelo próprio governo Lula em nome de uma ilusória governabilidade.
Todos os que querem evitar a aplicação dos planos da Direita e da extrema-direita deverão votar, como em eleições anteriores, na Esquerda parlamentar sem ilusões quanto a poder resolver os problemas da classe trabalhadora através do voto.
Embora seja correto, dada a falta de alternativa, viabilizar um governo do PS para impedir um governo de Direita, e não seja mentira que os anos da Geringonça (2016-2019) trouxeram melhores notícias para a classe trabalhadora que os últimos anos, há que retirar as devidas lições dessa experiência.
Face à ofensiva da extrema-direita e de grupos fascistas, temos de construir campanhas de luta que reúnam trabalhadores e jovens de todas as origens. A autodefesa proletária é essencial para a nossa segurança, confiança e organização! No entanto, a luta contra o fascismo não será resolvida pelo peso numérico do proletariado, mas pela capacidade da sua vanguarda em construir uma organização revolucionária comprovada e com uma influência decisiva entre as massas.
Nós, pelo contrário, defendemos que as mobilizações devem ser construídas pelas bases dos trabalhadores, estudantes, indígenas, sem-tetos, sem-terras, feministas, movimento negro, etc. Essa construção deve ser com independência de classe em relação ao governo, pois já ficou claro que os acordos com a burguesia e a direita sempre vão favorecer o poder económico.
Para organizar as lutas que, mais cedo do que tarde, a classe trabalhadora travará, precisamos de uma esquerda que esteja unida não apenas eleitoralmente, mas fundamentalmente nas lutas diárias da classe trabalhadora.
Nesse caminho, precisamos de construir uma Alternativa Socialista na Argentina, porque o próximo presidente aprofundará o modelo capitalista com o qual poucos ganham, os empresários que se estão a tornar mais milionários a cada dia, enquanto os trabalhadores estão mais pobres.
Depois da vitória da Direita nas eleições autonómicas e municipais de 28 de Maio e da queda retumbante da Esquerda governamental, a maioria das sondagens apontava para uma vitória por maioria absoluta para a Direita nas eleições de 23 de Julho. No entanto, milhões de trabalhadores e jovens ergueram-se contra a possibilidade de um governo da direita e da extrema-direita do PP e do VOX, infligindo-lhes uma dura derrota eleitoral, da mesma forma que em Portugal foi infligida uma derrota à Direita nas eleições legislativas de 2022.