A oposição à UE é possível por uma força internacionalmente coordenada da classe trabalhadora, organizada nas ruas, bairros, fábricas, escolas e locais de trabalho, focada nas preocupações concretas da população trabalhadora e englobando as lutas feministas, antirracistas, queer, antiguerra e ambientalistas, que reconheça que fazer frente às crises económica, social e ambiental exige romper com as regras da UE e com o sistema capitalista e que proponha uma planificação democrática à escala europeia, uma Europa de estados socialistas, parte de um mundo socialista.
– Artigo publicado originalmente em árabe a hebraico a 7 de Maio de 2024 pela Luta Socialista (secção da ASI em Israel-Palestina) e traduzido pela Liberdade Socialismo e Revolução (secção da ASI no Brasil) – O “Gabinete de Guerra” israelita decidiu por unanimidade iniciar a primeira fase da catastrófica invasão de Rafah, onde atualmente se encontra a maioria da população ...
A 31 de Outubro, os sindicatos belgas do setor dos transportes declararam recusar transportar armas destinadas a Israel, e, em particular, ao genocídio em Gaza. Desde então, outros seguiram o exemplo. Estivadores e sindicatos na Catalunha e em Génova, em Itália, travaram envios para Israel. Na Austrália, centenas de sindicalistas e manifestantes ocuparam portos e forçaram um navio Israelita a alterar a rota. Nos EUA e no Reino Unido, houve bloqueios vários a navios militares e fábricas de armamento, incluindo a INKAS, a BAE Systems e a Elbit Systems. As ações dos trabalhadores e da juventude contra o envio de armas a Israel e contra o massacre em Gaza são urgentes e devem ser generalizadas e intensificadas.
A ASI identificou a Guerra Fria entre o imperialismo estadunidense e chinês, que se afirmou como “o elemento mais importante das relações mundiais”. A guerra na Ucrânia, o aumento das tensões militares e a corrida armamentista, a economia e o comércio mundiais, as lutas de poder por influência e recursos, as crises políticas – tudo isso está agora entrelaçado com a Guerra Fria imperialista. É evidente que, em última instância, é a luta viva das forças de classe que decidirá o resultado desse processo complexo.
Convocamos protestos para acabar com a guerra e com as políticas de punição coletiva de “dividir para governar”, para recusar a participação numa ofensiva de vingança contra os residentes de Gaza e para lutar por uma mudança profunda na realidade da vida, incluindo o fim da ocupação e do cerco. Além disso, as convocações para uma greve de protesto e marchas de fúria na Cisjordânia podem ajudar a construir uma luta necessária para desafiar o status quo – a ditadura da ocupação e do cerco – e, ao mesmo tempo, preparar a autodefesa e a proteção dos manifestantes e residentes palestinos.
O golpe de Pinochet teria sido impedido se toda a força dos explorados e oprimidos tivesse sido mobilizada por uma organização política com um programa capaz de substituir o capitalismo. Essa mobilização só é possível independentemente das instituições e partidos que defendem a manutenção do sistema. Essa é uma importante lição para as lutas de hoje em todo o mundo.