Preparamo-nos para uma revolução que acabe com o capitalismo, o imperialismo e as guerras, lutando contra todas as formas de exploração e opressão que este sistema doentio e as suas crises produzem. Participamos no Projeto para uma Internacional Marxista Revolucionária, uma rede internacional de trabalhadores e jovens revolucionários presente em mais de 25 países em todos os continentes, bem como na ROSA Internacional – Movimento Feminista Socialista. Contacta o nosso grupo em Portugal para discutir estas ideias e a construção a nível internacional de uma sociedade onde a economia é planificada democraticamente, o socialismo!
- Texto do panfleto a distribuir na manifestação "Casa para viver" de 28 de Setembro de 2024 em Lisboa -
O movimento pela habitação e o movimento laboral devem unir-se e, através de assembleias de trabalhadores e moradores, organizar ocupações e greves intersetoriais com um plano: temos de nos organizar e lutar para ganhar!
É necessária a resistência internacional da classe trabalhadora e de todos os oprimidos contra a escalada da violência e do genocídio. Isto é essencial como solidariedade com as massas nos territórios palestinianos e no Líbano. O movimento internacional é também importante para as vozes consistentes da oposição em Israel, por muito limitadas que sejam.
O coletivo Luta pelo Socialismo (anteriormente Alternativa Socialista Internacional em Portugal) desfilia-se da Alternativa Socialista Internacional (ASI) e passa a participar na rede internacional Projeto para uma Internacional Marxista Revolucionária. A nossa desfiliação da ASI deve-se sobretudo ao encobrimento por parte de dirigentes da organização de um caso grave de abuso sexual dentro das suas fileiras e à recusa por parte da maioria da direção internacional em aplicar princípios democráticos de revogabilidade dos dirigentes quando estes cometem erros graves. Os camaradas que mantiveram princípios democráticos, feministas socialistas e de salvaguarda fundaram o Projeto para uma Internacional Marxista Revolucionária, cuja declaração de fundação traduzimos abaixo.
O governo não cederá após algumas horas de greve de protesto.
Trabalhadores e jovens entraram em greve e saíram às ruas em massa para mudar uma realidade horrível. Este momento culminante da luta por um “acordo já” não deve dar lugar a um relaxamento da pressão, a um regresso à rotina e à ideia de que “nada pode ser feito” face ao poder do governo sanguinário.
Após esta importante greve de advertência, o governo deve enfrentar um claro ultimato de outra greve geral de dois dias, como parte de um esboço de escalada de passos na luta.
O governo interino, apesar das suas promessas, não pode e não vai efetuar as mudanças profundas necessárias para resolver as causas profundas da revolta. É o poder coletivo das massas, organizadas em estruturas democráticas e responsabilizáveis, que deve fazer avançar esta mudança revolucionária. Mas, para garantir verdadeiramente o futuro pelo qual o povo do Bangladesh está a lutar, será necessário dotar esta luta de um programa claro que rompa decisivamente com o capitalismo, o sistema que produz crises múltiplas e crescentes e alimenta rebeliões sociais semelhantes em várias partes do globo.
Nós apoiamo-nos nas tradições da direção do RCP e, num novo período de conflito e crise mundial, voltamos a utilizar os seus métodos de debate político democrático e de organização firme da luta militante para reconstruir o movimento operário.
Precisamos de construir um movimento no espírito da luta contra a reforma das pensões, que combine a força considerável do movimento laboral organizado, graças à arma da greve reconduzível, com a vontade corajosa e inspiradora de lutar por mudanças fundamentais em benefício dos jovens e das pessoas oprimidas, o que pode estimular a luta de classes como um todo.
Muitos factores económicos, políticos e sociais surgem e interagem entre si. Em qualquer momento, é fundamental avaliar e adaptar as perspectivas traçadas, pois são elas que orientam a ação revolucionária. Isto é ainda mais verdade no contexto de um acontecimento tão poderoso como uma guerra mundial. Pode ocorrer uma evolução fundamentalmente diferente da prevista, e agarrarmo-nos a perspectivas ultrapassadas é um erro pelo qual há sempre um preço elevado a pagar. Infelizmente, foi o que aconteceu com a Quarta Internacional.