Estudantes e trabalhadores – juntem-se à luta por um acordo de cessar-fogo permanente!
Apoio às ocupações estudantis! Construir o movimento para acabar com o cerco, a ocupação e o capitalismo!
2 milhões de palestinos em Gaza entram no sétimo mês de inferno na terra. Said Sweirki, residente de Shuja’iya, de 22 anos, diz: “Perdemos toda a dignidade por causa da guerra. Gritamos, morremos de fome e sozinhos. Vivemos sem as necessidades básicas da vida: sem eletricidade, sem água, sem combustível. Nós acordamos todas as manhãs em busca de água”. Ao longo de sete meses de inferno, o ataque da máquina de guerra israelita ao povo palestiniano matou mais de 34.700 pessoas, quase 25.000 das quais são mulheres e crianças – com armas fornecidas pelo imperialismo norte-americano. A fome deliberada, a deslocação e os ataques criminosos a hospitais e a destruição de universidades e escolas são uma continuação da lógica do regime de ocupação, da expropriação colonial e da opressão nacional, liderada pelo capitalismo israelita e pelo imperialismo estado-unidense, usando como desculpa o desprezível ataque do Hamas em 7 de Outubro de 2023.
Um enorme movimento de massas está a varrer o globo em resposta. Os maiores protestos anti-guerra desde 7 de Outubro em Israel e nos territórios ocupados estão a ter lugar desde que começou o mês de Maio, apesar da ameaça de repressão massiva. Protestos regulares são liderados em Marrocos, no Egipto, na Jordânia, na Cisjordânia ocupada e em toda a região. Enquanto condenam o massacre, os regimes árabes da região que se aproximam do imperialismo norte-americano intensificam a repressão do movimento – a Arábia Saudita prende agora pessoas que se manifestam contra o massacre nas redes sociais. Por outro lado, enquanto o regime iraniano (e os seus parceiros – Xi Jinping e Putin) se apresenta como o defensor das vidas palestinianas, ao mesmo tempo aumenta a repressão assassina da resistência a nível interno. Nenhum destes regimes assassinos tem nada a oferecer ao interesse real dos palestinianos, ou um caminho a oferecer no caminho para a libertação dos trabalhadores e dos pobres da região.
Libertação através da luta – parar o ataque a Rafah, lutar por um cessar-fogo e por uma mudança fundamental no sistema!
Ocupações de escolas em todo o mundo, com mais de 30 nos EUA e em vários outros países indicam o poder das massas para impedir o massacre. Os estudantes enfrentaram repressão massiva, mais de 2.500 foram presos nos EUA e acampamentos enfrentaram ataques brutais de grupos organizados de extrema-direita. Mas o movimento também recebeu mensagens de solidariedade de Gaza e algumas vitórias – várias universidades concordaram em desinvestir na indústria de armamento israelita.
O próximo passo deve ser a expansão da luta aos locais de trabalho. Nos últimos meses, trabalhadores de transportes e médicos em Espanha, Bélgica, Itália e muitas outras regiões lideraram greves e recusaram-se a enviar remessas militares para Israel. Também em Portugal precisamos de construir um movimento dos trabalhadores que apoie as ocupações e se junte à luta contra o massacre.
Precisamos de criar pressão nas bases para forçar as instituições a agir e o capitalismo israelita a parar. A solidariedade dos profissionais da saúde e da educação é necessária face aos ataques brutais e à destruição de instalações de saúde, à prisão e ao massacre de profissionais de saúde, e à redução a escombros de universidades e escolas. Precisamos de nos unir e organizar nos nossos locais de trabalho, escolas e universidades, discutir como podemos apoiar a luta e organizar greves e ações de solidariedade por um cessar-fogo, contra a repressão política, o racismo, a divisão e a opressão em todo o mundo.
Reivindicamos:
- Não ao armamento do massacre! Abertura pública das contas dos governos e empresas. Fim de todos os investimentos que contribuam para o ataque a Gaza, para a vigilância, a ocupação, a repressão política e o policiamento em Israel e na Palestina!
- Tirem as mãos de Rafah! Acordo de cessar-fogo permanente, todos por todos (todos os reféns e presos políticos palestinianos).
- Não ao escalamento e à guerra regional – não ao imperialismo, não à militarização, seja nos EUA e na UE ou no Irão, na China e na Rússia!
- Não à repressão estatal política e racista! União na luta contra todas as formas de racismo e opressão, contra a islamofobia, o anti-semitismo e a extrema-direita!
- Entrada imediata e massiva de alimentos, água, medicamentos, produtos sanitários e ajuda em Gaza. Investir massivamente na reconstrução da faixa, nas suas infra-estruturas, escolas e hospitais. Pago pela expropriação da indústria armamentista e de todos aqueles que beneficiam do imperialismo e da exploração, no interesse das necessidades reais das massas em vez dos lucros dos ricos.
- Por uma luta de massas democraticamente organizada a partir de baixo, no espírito da greve pela dignidade de 2021 e da primeira Intifada para acabar com a ocupação, o cerco e a opressão nacional do povo palestiniano. Pelo direito à autodeterminação das comunidades nacionais da região e pelo controlo dos trabalhadores sobre os recursos da região – por uma mudança socialista que possa oferecer uma vida com dignidade, paz e prosperidade.
A Alternativa Socialista Internacional participa no movimento por um cessar-fogo e pela libertação palestiniana em todo o mundo, da Irlanda à África do Sul, dos EUA à Índia, do Brasil a Israel/Palestina. A nossa luta é Internacional, por uma alternativa socialista ao sistema explorador, destruidor, sexista e racista capitalista.
Contacta a ASI para discutir estas ideias!